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Cosmologia é o universo de conhecimento, disponível para cada ser que busca compreender os mistérios da vida. De onde viemos? Por que? Para que? Perguntas que nos fazem volver os olhos para o céu e contemplar os ensinamentos dos nossos antepassados. E, ainda, temos a dádiva de poder experimentar, encontrar o verdadeiro sentido da existência por nós mesmos, através das nossas próprias vivências.

Sobre este espaço:

Compartilho aqui conhecimentos de Cosmologia Energética, pensamentos, sentimentos e experiências decorrentes de minha autopesquisa e meu caminhar pela vida.

Investigo a hipótese de que, ao expressá-los a você e a mim mesma, provoco uma dinamização dos elementos os quais, estagnados no modo de ver humano, representam passado, presente e futuro.

Colocando-os em conexões diversas, interagindo com outras consciências, outros corações, podem fluir dentro do movimento cósmico nas multidimensões, rumo ao absoluto.


quinta-feira, 29 de março de 2012

OS PASSOS DA DANÇA




Com sua experiência em Teatro, Juan transportou para o palco da Cosmologia Energética os pressupostos básicos do movimento, ensinando os passos da dança cósmica. No teatro, representa-se a vida real. A vida real é um teatro, dizia.

Primeiramente, descrevia três tipos principais de relação entre o Ator e o Espectador:
1) O Rito
Neste, existe um intercâmbio de personagens, uma interação entre Ator (A) e Espectador (E), que pode se dar do ator para o espectador e vice-versa.
                 A-E                        E-A

2) A Cerimônia
O Ator está no alto e é o centro das atenções.
                                       A
                               E      E      E
                       E      E      E      E      E

3) A Festa
É um jogo, onde Ator e Espectador interagem; não existe divisão espacial. A e E atuam num círculo.


Com essas definições, torna-se possível distinguir onde está colocada a ênfase de uma relação entre pessoas, perceber de que forma ocorre a interação.

Dentro do nosso projeto de vida, junto a Juan, tivemos várias oportunidades de experienciar essas relações, especialmente a Festa, evento mais frequentemente escolhido para as atividades, embora fosse difícil para a maioria de nós compreender plenamente seu alcance e  profundidade.

Mas ele insistia, apostando na nossa capacidade de transpor esses conhecimentos para o manejo das energias.

"— Existem os Pressupostos, que devem ser observados para que o evento tenha sucesso. " — dizia.
Morphe – Códigos, regras – representado pelo egóico Marrom (Terra).
Mimesis – o que não é; representação; diálogo – representado pelo egóico Rosa (Saturno)
Agon – enfrentamento – representado pelo de fé Vermelho (Marte).
Lusus – ilusão do espectador – representado pelo de fé Verde (Júpiter).
Ilinx – vertigem; ritmo;  conjunto de ações – representado  pelo anárquico Amarelo (Mercúrio).
Alea – azar; imprevisto que ao ator provoca a necessidade de sua profissão - representado pelo  anárquico   Preto (Plutão).

Podemos identificar esses pressupostos em peças teatrais, filmes, amplamente utilizados como recursos pelos autores e diretores de sucesso.

A natureza humana tem sua previsibilidade, prevista pelos que conhecem as regras do jogo, sabem jogar, enfrentar, iludir, provocar. E também consideram o imprevisto.



   

domingo, 25 de março de 2012

Puente Sur Argentina: El Provocador

Conocer a Juan no es conocer a alguien más. A todos los que lo conocimos nos aconteció algo parecido. Juan se adhiere a las personas, pasa a ser parte de la propia vida. No importa cuán lejos esté, en algún momento volveremos a verlo. Por esa necesidad de ir, por esa mágica posibilidad que tiene de aparecer en tu vida, por encontrarte con alguien que lo vio y cuenta, porque su leyenda crece día a día, porque sus discípulos propagan su obra.
Leia mais no link: Puente Sur Argentina: El Provocador

quinta-feira, 15 de março de 2012

VERDADE

Foto de Erich Sattelmayer

Vida
Amor
Verdade
A água pura sobre a minha pele
Paisagem apocalíptica
No fundo, profundo,
Corre uma seiva: VIDA
Os sons do respirar, as folhas,
Convidam-me a tocar
Trocar: AMOR
Algo nos une
Forte corrente
Invisível: VERDADE
Raízes expostas,
A árvore se prepara para o vôo.


Minha primeira experiência racional com a verdade, em confronto com o mundo, da qual me recordo nesta vida, foi aos 4 anos.

Na época,  A Dama e o Vagabundo, de Disney, era proibido para menores de 5 anos.

Faltavam poucos dias para eu completar a idade requerida, por isso, minhas tias não viram empecilho para me proporcionar esse lazer, que era a "coqueluche" do momento. Ficaria em cartaz por pouco tempo na outrora pequena cidade de Jundiaí, portanto, era preciso aproveitar a oportunidade.

Ao chegar na entrada do cinema, o responsável pela catraca olhou para mim e perguntou: - "Quantos anos você tem?"

Contrariando a orientação prévia, olhei para minhas tias e em seguida para quem me perguntava e não respondi, apenas mostrei 4 dedos da minha mão.

Desta vez, não fui enforcada, ou queimada viva. Apenas me deram um impedimento, que desviou a diversão do dia para um passeio na praça com direito a picolé gelado.

Sempre me lembro desse episódio, que retrata de modo pitoresco a busca essencial que já trazia em  minha consciência: a VERDADE. 

Descartes dizia que há uma semente de verdade em cada um, através da qual é possível ver o que é falso ou verdadeiro e que, para descobrir com absoluta certeza a natureza das coisas, devemos nos liberar do engano das sensações e aprender a nos servir melhor da razão.

Ele, assim como meu velho novo amigo monge, virtual e real, com as palavras certas, me fizeram  reencontrar esta semente dentro de mim... Sentir, com uma razão inexplicável, que ela viaja por um universo bem maior do que sou capaz de conhecer, nascendo e morrendo, atraindo e repelindo, transformando e retornando, numa dança imensurável.

Por que e para que necessitaria medi-la? Ou comprova-la?

Mas, 
Por vezes,
Quando me sinto em casa,
E desnudo minha alma,
Consigo ver o quanto me escondo
Sob disfarces
Ainda.
Sou hábil com as palavras
Por vezes,
Enganando a mim mesma.
A verdade tem muitas faces!



quinta-feira, 8 de março de 2012

SUBLIME GRAÇA


Amazing grace, how sweet the sound
That saved a wretch like me!
I once was lost, but now am found,
Was blind, but now I see

Amazing Grace... quando John Newton compôs essa música, foi para descrever a experiência de lucidez que vivenciou durante uma terrível tempestade no mar.

Traficante de escravos, ao ver-se numa situação limite, a história de sua vida abriu-se diante de seus olhos, com os quais enxergou a gravidade de seus atos. 

Sublime graça, momento de êxtase quando se acessa as esferas superiores, frequência na qual vibra a cosmoética, de onde as amarras que escravizam os seres se tornam mais visíveis. 

O cenário do show que ilustra este post passa um pouco do que tento transmitir, no intuito de descobrir o significado do peso no peito que sinto desde ontem, durante e após assistir a um filme sobre o julgamento e morte de Giordano Bruno.

As memórias da minha vivência me fazem questionar: de que lado estava eu?  Poderia estar em ambos os lados, como várias pessoas presentes nesse capítulo vergonhoso da história. Enxergando a verdade com a minha consciência, porém sem coragem de assumir uma posição. Por que razão? Qual era o meu ganho secundário nessa atitude?

Não, ainda não sinto a Sublime Graça, delata o peso no peito. Mas esse desconforto também me instiga a busca-la.